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domingo, 13 de março de 2016

SEBASTIÃO SALGADO

Sebastião Salgado
Sebastião Salgado em 2014
Nome completo Sebastião Ribeiro Salgado
Nascimento 8 de fevereiro de 1944 (72 anos)
Aimorés, (MG), Brasil
Nacionalidade  Brasileiro
Cônjuge Lélia Wanick Salgado
Ocupação Fotógrafo
    

Biografia

Nasceu na vila de Conceição do Capim, viveu sua infância em Expedicionário Alício, graduou-se em Economia pela Universidade Federal do Espírito Santo (1964-1967) e realizou pós-graduação na Universidade de São Paulo. No mesmo ano, casou-se com a pianista Lélia Deluiz Wanick. Eles se engajaram no movimento de esquerda contra a ditadura militar e eram amigos de amigos do líder estudantil e revolucionário Carlos Marighella. Depois de emigrar em 1969 para Paris, ele escreveu uma tese em ciências econômicas, enquanto a sua esposa ingressou na École Nationale Supérieure des Beaux-Arts de Paris para estudar arquitetura. Salgado inicialmente trabalhou como secretário para a Organização Internacional do Café (OIC), em Londres. Em suas viagens de trabalho para a África, muitas vezes encomendado conjuntamente pelo Banco Mundial, ele fez sua primeira sessão de fotos com a Leica da sua esposa. Fotografar o inspirou tanto que logo depois ele tornou-se independente em 1973, como fotojornalista e, em seguida, voltou para Paris.
Em 1979, depois de passagens pelas agências de fotografia Sygma e Gamma, entrou para a Magnum. Encarregado de uma série de fotos sobre os primeiros 100 dias de governo de Ronald Reagan, Salgado documentou o atentado a tiros cometido por John Hinckley, Jr. contra o então presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan no dia 30 de março de 1981, em Washington.[1] A venda das fotos para jornais de todo o mundo permitiu ao brasileiro financiar seu primeiro projeto pessoal: uma viagem à África .
Seu primeiro livro, Outras Américas, sobre os pobres na América Latina, foi publicado em 1986. Na sequencia, publicou Sahel: O "Homem em Pânico" (também publicado em 1986), resultado de uma longa colaboração de doze meses com a ONG Médicos sem Fronteiras cobrindo a seca no Norte da África. Entre 1986 e 1992, ele concentrou-se na documentação do trabalho manual em todo o mundo, publicada e exibida sob o nome "Trabalhadores rurais", um feito monumental que confirmou sua reputação como foto documentarista de primeira linha. De 1993 a 1999, ele voltou sua atenção para o fenômeno global de desalojamento em massa de pessoas, que resultou em Êxodos e Retratos de Crianças do Êxodo, publicados em 2000 e aclamados internacionalmente.
Na introdução de Êxodos, escreveu: "Mais do que nunca, sinto que a raça humana é somente uma. Há diferenças de cores, línguas, culturas e oportunidades, mas os sentimentos e reações das pessoas são semelhantes. Pessoas fogem das guerras para escapar da morte, migram para melhorar sua sorte, constroem novas vidas em terras estrangeiras, adaptam-se a situações extremas…". Trabalhando inteiramente com fotos em preto e branco, o respeito de Sebastião Salgado pelo seu objeto de trabalho e sua determinação em mostrar o significado mais amplo do que está acontecendo com essas pessoas criou um conjunto de imagens que testemunham a dignidade fundamental de toda a humanidade ao mesmo tempo que protestam contra a violação dessa dignidade por meio da guerra, pobreza e outras injustiças.
Ao longo dos anos, Sebastião Salgado tem contribuído generosamente com organizações humanitárias incluindo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, (ACNUR), a Organização Mundial da Saúde (OMS), a ONG Médicos sem Fronteiras e a Anistia Internacional. Com sua mulher, Lélia Wanick Salgado, apoia atualmente um projeto de reflorestamento e revitalização comunitária em Minas Gerais.
Em setembro de 2000, com o apoio das Nações Unidas e do UNICEF, Sebastião Salgado montou uma exposição no Escritório das Nações Unidas em Nova Iorque, com 90 retratos de crianças desalojadas extraídos de sua obra Retratos de Crianças do Êxodo. Essas impressionantes fotografias prestam solene testemunho a 30 milhões de pessoas em todo o mundo, a maioria delas crianças e mulheres sem residência fixa. Em outras colaborações com o UNICEF, Sebastião Salgado doou os direitos de reprodução de várias fotografias suas para o Movimento Global pela Criança e para ilustrar um livro da moçambicana Graça Machel, atualizando um relatório dela de 1996, como Representante Especial das Nações Unidas sobre o Impacto dos Conflitos Armados sobre as Crianças. Atualmente, em um projeto conjunto do UNICEF e da OMS, ele está documentando uma campanha mundial para a erradicação da poliomielite.

Fotógrafo Sebastião Salgado com um de seus assistentes no município mineiro de Aimorés
 
Sebastião Salgado foi internacionalmente reconhecido e recebeu praticamente todos os principais prêmios de fotografia do mundo como reconhecimento por seu trabalho. Fundou em 1994 a sua própria agência de notícias, "As Imagens da Amazônia" , que representa o fotógrafo e seu trabalho. Salgado e sua esposa Lélia Wanick Salgado, autora do projeto gráfico da maioria de seus livros, vivem atualmente em Paris. O casal tem dois filhos, o maior dos quais, Juliano Ribeiro Salgado, dirigiu o documentário O Sal da Terra sobre o seu pai com Wim Wenders que foi indicado ao Oscar 2015 de melhor documentário.

Prêmios

  • Prêmio Príncipe de Asturias das Artes, 1998.
  • Prêmio Eugene Smith de Fotografia Humanitária.
  • Prêmio World Press Photo
  • The Maine Photographic Workshop ao melhor livro foto-documental.
  • Eleito membro honorário da Academia Americana de Artes e Ciência' nos Estados Unidos.
  • Prêmio pela publicação do livro Trabalhadores.
  • Medalha da Inconfidência.
  • Medalha de prata Art Directors Oub nos Estados Unidos.
  • Prêmio Overseas Press Oub oí America.
  • Alfred Eisenstaedt Award pela Magazine Photography.
  • Prêmio Unesco categoria cultural no Brasil.
  • 40º Prêmio Jabuti de Literatura: categoria reportagem

Obras



terça-feira, 1 de março de 2016

FOTOGRAFIA

Quem foi o pai da fotografia?

Para responder essa pergunta seria preciso delimitar o que exatamente pode ser considerado como fotografia, algo que era muito difícil quando essa arte estava sendo criada. Por exemplo, por volta do ano 1800, quando vários inventores começaram a aparecer com ideias para capturar imagens sem que fosse preciso pintá-las, alguns nomes ganharam destaque.
Joseph Nicephore Niepce foi, em 1793, uma das primeiras pessoas a conseguir “imprimir” a luz em uma superfície sem usar qualquer tipo de tinta, porém as imagens desapareciam depois de um tempo. Ele usava uma câmara obscura, parecida com o que conhecemos hoje por pinhole, e um tipo especial de papel com cloreto de prata.
Fotografia mais antiga a ser preservada, capturada em 1826
Em 1824 ele conseguiu encontrar um método que permitia mais duração das imagens e em 1826 foi registrada a primeira fotografia de duração indefinida (imagem acima), que existe até hoje. Como é possível perceber, no entanto, a qualidade ainda era baixíssima; além disso, o processo todo de captura levava horas.
Em 1834, Henry Fox Talbot criou uma versão bem primitiva do que posteriormente seria o negativo fotográfico, que ajudaria a tornar mais popular a fotografia. Mas foi apenas em 1849 que Louis Daguerre trouxe a arte, que era até então totalmente experimental e complexa, a um novo patamar.

O daguerreótipo e a popularização da fotografia

Até então, cada inventor fazia as suas experiências baseados em pouco estudo coletivo e as suas próprias impressões, porém Daguerre queria levar a fotografia para mais pessoas e começou a estudar os métodos de Niepce para criar uma forma de criar um mecanismo que até os leigos pudessem utilizar em casa para capturar momentos especiais.

Para fazer isso, ele recebeu apoio do governo francês e disponibilizou todo o seu trabalho de forma pública para pesquisa. Desta parceria surgiu o daguerreótipo, uma espécie de máquina fotográfica bem primitiva (imagem acima). Este foi o primeiro método de captura de imagens comercializado em escala e, portanto, marca o início da era da fotografia no mundo.
Obviamente, na época, essa invenção ficou limitada a um público bem rico e entusiasta; ao contrário do que acontece hoje, ninguém poderia prever que a fotografia seria uma tecnologia com futuro promissor. Naquele tempo, era muito mais fácil e barato pagar alguém para pintar um quadro do que comprar um daguerreotipo e capturar a mesma cena.

Os daguerreótipos fixavam a imagem capturada em uma placa rígida e espelhada, que precisava ser guardada com cuidado, já que era extremamente frágil. Uma das mais famosas imagens capturadas por este método é a de Edgar Allan Poe (acima), que segue preservada até hoje. A riqueza de detalhes e a aparência tridimensional são duas das principais características desta técnica.

A evolução da fotografia comercial

Depois de Louis Daguerre, muitos outros pesquisadores e inventores acabaram usando os seus métodos para tentar aperfeiçoar ainda mais os métodos de captura de imagens. Não é possível citar todos que participaram dessa época de descobertas, mas alguns grandes pioneiros da fotografia são:
  • Frederick Scott Archer — melhorou a resolução das imagens usando emulsão de colódio úmida e barateou o custo de produção de cada fotografia;
  • Félix Nadar — Primeiro fotógrafo a capturar imagens aéreas e um dos primeiros donos de estúdio de retratos;
  • Adolphe Disderi — criou um método de captura e impressão (Carte-de-visite) que barateava os custos de impressão e foi um dos responsáveis pelo sucesso mundial da fotografia de retrato;
  • James Clerk-Maxwell — apresentou, em 1861, o primeiro método de fotografia colorida. Obtida através do uso de três negativos, essa técnica serviu de inspiração para outros pesquisadores;
  • Mathew Brady — juntou uma equipe para, pela primeira vez, fotografar cenas de guerra. Aproximadamente 7000 negativos da Guerra Civil foram feitos entre 1861 e 1865;
  • Ducos du Hauron — pesquisador francês e pioneiro nas técnicas de fotografia colorida. Publicou um dos primeiros livros sobre o assunto;
  • Richard Leach Maddox — inventou o método de fixação das imagens usando uma suspensão gelatinosa, que substituiria a emulsão de colódio úmida, criando as primeiras chapas secas, que tornaram o processo de revelação mais simples.
Depois da criação de Maddox, a comercialização de negativos e a revelação de fotografias acabaram tornando-se bem mais acessíveis, o que foi vital para o crescimento do mercado e a expansão dessa forma de arte pelo mundo. Um dos próximos nomes a ganharem destaque com isso foi o de George Eastman, um empresário, mais conhecido por ser o fundador da Kodak.

A criação da Kodak

Aos 24 anos de idade, em 1880, George Eastman abriu uma companhia de criação de chapas secas que mais tarde seria chamada de Eastman Kodak Company. Em poucos anos, a empresa conseguiu lançar a sua primeira câmera fotográfica, que já vinha com um rolo de 20mts, permitindo a captura de até 100 imagens circulares de 2,5 polegadas.
Esta primeira máquina não era reutilizável, no entanto: depois que o rolo de papel fotográfico acabasse não era possível substituir por um novo. Modelos posteriores substituíram o papel por filme e foram ficando cada vez menores e portáteis, aproximando-se mais do que conhecemos hoje como uma câmera fotográfica analógica.

A criação da Kodak pode ser considerada como uma das maiores revoluções na fotografia, já que barateou bastante o custo das câmeras, rolos de filme e revelação. É claro que, mesmo assim, essa técnica ainda era restrita e geralmente só os mais ricos possuíam a sua própria câmera — quem não tinha, precisava pagar um fotógrafo para registrar uma imagem de família.

Autocromos dos irmãos Lumière

A fotografia colorida só se tornou realmente comercial e viável por volta de 1940, mas ela já existia muito tempo antes disso. Pioneiros do cinema, os irmãos Lumière inventaram os autocromos coloridos, que foram patenteados em 1903 e foram o principal método de captura de imagens coloridas até surgirem os primeiros filmes a cores para as câmeras.

O processo de captura dos autocromos era bem trabalhoso e envolvia placas rígidas de vidro com uma solução de fécula de batata e outros componentes químicos. Os cromos não eram como as fotografias reveladas no papel — para vê-los, era preciso usar uma fonte de iluminação traseira.
Os autocromos se tornaram bem populares entre fotógrafos e entusiastas, mas o alto custo e as dificuldades de uso e manutenção eram grandes impedimentos dessa arte de modo comercial. Mesmo assim, centenas de imagens foram produzidas através desse método e impressionam até hoje pela resolução e pela qualidade das cores.

Finalmente, a fotografia colorida!

Depois de aproximadamente 30 anos desde a invenção dos autocromos Lumière, um método mais fácil de produção de imagens coloridas chegou ao mercado. Em 1935 a Kodak lançou os Kodachromes, um tipo de filme diapositivo que permitia tirar fotos coloridas com as câmeras da marca.
O processo de revelação ainda era complexo demais e menos de 25 laboratórios no mundo inteiro possuíam a tecnologia necessária para isso. A qualidade das imagens e das cores é até hoje admirada, sendo que esse tipo de filme é considerado um dos melhores métodos de captura da história. Em 2009, a Kodak deixou de fabricar os Kodachromes.
Downtown Cripple Creek, Colorado, 1957. Imagem feita usando um filme Kodachrome
Em 1936, a companhia alemã Agfa lançou o Agfacolor Neu, um filme colorido que, pela primeira vez na história, podia ser revelado em qualquer laboratório — este lançamento consolidou de vez a fotografia a cores no mercado. Todos os filmes coloridos produzidos posteriormente (até os dias de hoje) usam este método de captura.
A fotografia em preto e branco, no entanto, ainda foi majoritariamente usada até meados dos anos 60, nos Estados Unidos e na Europa, devido aos altos preços dos filmes a cores. A partir dos anos 70, no entanto, a maior parte das fotografias tiradas já eram coloridas e a fotografia já não era mais uma tecnologia de elite — praticamente qualquer pessoa podia ter uma câmera em casa.

Processos digitais e a evolução da fotografia

Depois dos filmes coloridos, poucas mudanças foram tão importantes para a fotografia do que o surgimento dos processos digitais. Essa evolução trouxe três vantagens principais — não precisar depender da quantidade de poses de um filme, poder imprimir as fotos com menos custo e poder ver a imagem antes mesmo da revelação.
A fotografia digital usa um sensor eletrônico no lugar do filme e isso traz muitas vantagens, mas também tem várias limitações. Um dos maiores problemas é que, principalmente no começo, dificilmente um sensor conseguia capturar as cores e detalhes como os filmes analógicos.
Por muito tempo, mesmo as melhores câmeras digitais não eram capazes nem de chegar perto da textura e qualidade de cor de um bom filme. Hoje em dia isso é mais raro, já que os sensores estão cada vez melhores, mas muitas pessoas ainda defendem — com certa razão! — que a fotografia analógica ainda produz as melhores imagens.
Selfie tirada no Oscar de 2014 pelo ator Bradley Cooper

Atualmente — apenas 175 anos após o seu nascimento oficial! — qualquer celular tem uma câmera que tira fotos e permite publicar a imagem instantaneamente, sem a necessidade de revelação. Dessa forma, a fotografia deixou de ser apenas uma forma de guardar uma recordação especial para tornar-se um meio de comunicação à parte.
Apesar de todas as mudanças, no entanto, o princípio básico da fotografia ainda é o mesmo e possivelmente não será alterado tão cedo: usar a luz — passando por uma lente e sendo absorvida por uma superfície (cromos, papéis, filtros e sensores) — para capturar o que você está vendo ao seu redor.

OS CAIAPÓ

O termo Kayapó é um exônimo que data do início do século XIX, tendo sido criado por grupos indígenas vizinhos desta etnia. Significa 'homens semelhantes aos macacos' e está, provavelmente, ligado a certos rituais do grupo, nos quais os homens dançam usando máscaras de macaco. O endônimo dos chamados kayapó é mebengokre, que significa, literalmente, 'homens do buraco' ou 'homens do poço d'água'.

Os caiapós são um grupo indígena brasileiro que se divide nos subgrupos kayapó-aucre, kayapó-cararaô, caiapó-cocraimoro, caiapó-cubem-cram-quem, caiapó-gorotire, caiapó-mecranoti, caiapó-metuctire, caiapó-pau-d'arco, caiapó-quicretum e caiapó-xicrim. No passado, eram também chamados de coroados, e os de Mato Grosso, coroás. carla novaes

Sua principal atividade econômica é a agricultura itinerante praticada por homens, mulheres e meninos. Através do método de desbravar e queimar (queimada), cada par limpa um local na floresta de cerca de cinquenta por trinta metros onde estabelecem seu suru, uma horta na qual semeiam batata, cará, mandioca, algodão, milho e, ao lado das árvores, plantam cupá, uma videira com gavinhas comestíveis. Alguns grupos introduziram em suas hortas arroz, feijão, mamão e tabaco. Usam fertilizantes e pesticidas.
Recolhem mel e frutos de palmeiras silvestres como o babaçu. A castanha-do-pará, que anteriormente era recolhida pelas mulheres para seu autoconsumo, hoje é recolhida pelos homens e vendida a compradores estatais ou privados.
O óleo certificado de castanha, feito pelos caiapós da Terra Indígena Baú, de Novo Progresso, recebeu o selo verde, uma certificação que atesta práticas legais e impulsiona a venda para as indústrias de cosméticos. No entanto, a substituição por outras matérias-primas tem feito os caiapós venderem o óleo para indústria de biocombustível a um preço dez vezes menor[5] .
São bons caçadores, mas, atualmente, a caça não é abundante. Entre as presas que conseguem obter, se destacam os da família Tayassuidae. Os homens tecem cestos, cintos e faixas para carregar e fabricam paus, lanças, arcos e flechas para a caça. As mulheres fabricam pulseiras, fitas e cordas.

FOTOS

  

 

 


 

 

 

 

 

 


ELEFANTE AFRICANO

ELEFANTE AFRICANO

Os elefantes pertencem à família dos Elefantídeos e são os únicos sobreviventes de espécies gigantescas que habitaram a Terra há muito tempo.
Elefante africano. Foto: Gorgo [Public domain], via Wikimedia Commons
Elefante africano. Foto: Gorgo [Public domain], via Wikimedia Commons
O primeiro elefante surgiu há mais de 25 milhões de anos e era diferente dos de hoje, tendo apenas 60 centímetros de altura, não possuía tromba e suas orelhas e presas eram pequenas. Os cientistas o chamaram de Meritério (Moeritherium lyonsi). A parti daí surgiram mais de seiscentas espécies de elefantes na Terra. A maioria dessas espécies era grande, com longas presas. Algumas, porém, eram bem pequenas, com presas curtas. Até pouco tempo atrás, acreditava-se que haviam restado apenas duas espécies de elefante, o asiático e o africano. No entanto, estudos recentes feitos com o objetivo de controlar o tráfico de presas, elucidou as diferenças intrínsecas entre as variedades. O elefante africano, que recebe o nome científico de Loxodonta spp., é o maior das espécies duas espécies existentes. Eles possuem orelhas bem grandes (maiores do que as do elefante asiático), não apresentam saliências na testa, denominadas de “galos”, e possui uma depressão em forma de sela em seu dorso. Tanto o macho quanto a fêmea possuem presas (marfim). Assim como acontece em quase todas as espécies animais, o elefante macho é sempre maior que sua fêmea (também chamada de elefante ou aliá), possuindo aproximadamente, 3 metros de altura e 5 toneladas. Esses animais vivem por muitos anos, sendo que o africano vive cerca de 60 anos.
Sua alimentação é baseada em folhas de plantas e árvores, podendo consumir até 225 kg de folhas diáriamente. Também podem beber cerca de 200 litros de água por dia. A digestão do alimento não é completa, o que significa que sementes das plantas consumidas podem passar por todo o trato digestivo sem serem destruídas. Isto contribui para a dispersão das sementes, que crescerão em meio às fezes do elefante - que é altamente nutritiva para as plantas.
Mesmo sendo um animal muito grande e pesado, o elefante pode se movimentar com uma velocidade espantosa para o seu tamanho, cerca de 40 km/h, ou seja, duas vezes mais rápido do que o homem. Seus pés são protegidos por uma espécie de “almofada”, que o ajuda a arcar com seu peso.
Em sua tromba, existem 40 mil músculos e tendões, o que a torna forte e muito flexível, permitindo com que esses animais controlem a sua tromba com extrema habilidade. Suas presas, também chamadas de marfins, são na verdade, dois dentes que cresceram demais.
Dentro do gênero Loxodonta spp, existem três espécies, sendo duas atuais e uma fóssil:
  • Elefante-da-savana (Loxodonta africana): possui mandíbula mais curta e larga, orelhas mais pontiaguadas, presas encurvadas e maiores dimensões.
  • Elefante-da-floresta (Loxodonta cyclotis): possui mandíbula longa e estreita, orelhas mais arredondadas, dimensões menores, presas retilíneas e com um tom mais rosado.
  • Loxodonta adaurora: esta espécie é extinta e é precursora do elefante da savana.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Elefante-africano
O Reino Animal – Ursos, Elefantes, Rinocerontes. Reedição da série Os Bichos de 1988. Editora Nova cultura, 1991.